O acervo de peças do início do século 20 que conta a história da cultura cafeeira de São Paulo, abrigado no Museu do Café de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), poderá ser visto sem a necessidade de sair de casa de qualquer lugar do mundo.
Este é um dos objetivos de um projeto que começa a ser colocado em prática e que irá catalogar e digitalizar o acervo de todos os museus da cidade, que conta ainda com o Histórico, o MIS (Imagem e do Som) e o Marp (de Artes).
| Márcia Ribeiro/Folhapress | ||
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| Esculturas do artista plástico Bassano Vaccarini que fazem parte de acervo do Marp de Ribeirão |
A previsão é que o projeto seja concluído até o fim do ano que vem. Além de disponibilizar o acervo na internet para o público em geral, a novidade vai permitir a integração entre os museus e promover ferramentas para a gestão deste complexo.
O recurso que irá permitir o desenvolvimento do plano –R$ 100 mil– é proveniente do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), com contrapartida da Prefeitura de Ribeirão Preto de R$ 25 mil.
"O objetivo final é criar um software com acesso pela internet para unir os sistemas dos museus de Ribeirão", afirmou a coordenadora do projeto e diretora de patrimônio de Ribeirão, Letícia Ricci.
"Nós temos um acervo de mais de 1.200 peças que ficam guardadas e são expostas esporadicamente", disse Nilton Campos, diretor do Marp.
De acordo com ele, a digitalização irá mudar o acesso a este material.
"É maravilhoso para a pesquisa inicial, mas é preciso ver que nada substitui a visita real a um museu", disse.
Há ainda outros objetivos envolvidos no pacote, como a capacitação de mão-de-obra técnica para o desenvolvimento de atividades de gerenciamento do acervo.
Uma museóloga responsável pela catalogação digital está sendo contratada pela prefeitura. A equipe do projeto terá ainda dois técnicos de informática.
O trabalho de digitalização deve começar a ser feito no início de 2015, segundo Letícia, e terá um prazo de dez meses para a conclusão.