O Ministério Público e a Polícia Civil de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) instauraram inquéritos para investigar o caso da jovem Gabriela Zafra, 16, que morreu com suspeita de meningite (bacteriana) na madrugada da última sexta-feira (16).
O Conselho Regional de Medicina e a prefeitura também abriram sindicância para verificar o que ocorreu.
A suspeita é que pode ter havido negligência médica.
De acordo com a família, Gabriela passou por cinco atendimentos em três unidades de saúde da cidade, mas os médicos não conseguiram dar o diagnóstico correto.
Ela morreu após sofrer duas paradas cardíacas.
A diarista Fabiana Cristina Gomes, 39, mãe da jovem, disse que a filha recebeu diagnósticos diferentes, como torcicolo e infecção alimentar.
Só para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), a estudante foi levada três vezes.
| Edson Silva/Folhapress | ||
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| A diarista Fabiana Cristina segura álbum da filha Gabriela, que morreu com suspeita de meningite |
Fabiana contou que na última vez que levou a filha à UPA, recebeu a notícia da sua morte, às 2h da sexta (16).
"Ela teve a vida interrompida. Não tinha chegado a hora dela", disse a mãe nesta segunda-feira (19).
Para os promotores Sebastião Sérgio da Silveira e Eliseu José Berardo Gonçalves, há evidências de que houve uma sucessão de erros no atendimento da jovem.
A prefeitura tem dez dias para enviar o prontuário de atendimento da jovem à Promotoria, que vai encaminhar a um órgão técnico para verificar se houve responsabilidade pessoal ou do sistema de saúde.
A Polícia Civil também oficiou a Secretaria da Saúde pata ter acesso ao prontuário.
Um exame de sangue, que será feito pelo Instituto Adolfo Lutz, deve apontar, em 30 dias, a causa da morte de Gabriela Zafra.