Folha de S. Paulo


Manifestantes rejeitam cadastro e cancelam ato na Câmara de Ribeirão Preto

Depois de terem se recusado a fazer cadastro com apresentação de documento e foto na Câmara de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), cerca de 50 integrantes do grupo Movimento Jovem Independente, que fariam um novo protesto no plenário, não entraram na Casa nesta quinta-feira (24).

Seria a quinta manifestação na Câmara desde que os vereadores proibiram o uso de máscaras em protestos na sede do Legislativo.

O cadastramento foi adotada pelo presidente da Câmara, Walter Gomes (PR), depois da apreensão de coquetéis molotov, bombas e um rojão no estacionamento da Casa, durante sessão no último dia 15.

A Câmara diz que os artefatos apreendidos são do movimento, que contesta e alega que eles foram "plantados" para incriminá-los.

Edson Silva /Folhapress
Manifestantes na portaria da Câmara, proibidos de entrar sem fazer o cadastramento
Manifestantes na portaria da Câmara de Ribeirão Preto, proibidos de entrar sem fazer o cadastramento

Nesta quinta-feira, os manifestantes questionaram os três funcionários da portaria sobre a legalidade da apresentação de documento com foto e o cadastramento.

"Queremos que vocês nos mostrem um documento que comprove que a medida é legal", afirmou o autônomo Lúcio Souza, 21.

Um dos funcionários mostrou à Folha que, de terça-feira (22) até as 18h30 desta quinta-feira, foram feitos 608 cadastros, a maioria de funcionários da Câmara.

O cadastramento não foi exigido aos jornalistas que acompanharam a sessão.

Gomes disse que a medida é um ato da comissão de segurança da Casa. "É preciso questionar por que eles não querem se identificar", afirmou o parlamentar.

Depois das queixas, uma cópia do ato foi fixada na entrada da Câmara.


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