Folha de S. Paulo


Após seca, pesca ameaça peixes no rio Grande

A falta de chuvas no início deste ano, além de ter prejudicado a reprodução dos peixes no rio Grande, também os tornou presa fácil para a pesca predatória.

Pescadores profissionais de Colômbia (467 km de São Paulo), município com cerca de 6.000 habitantes localizado às margens do rio Grande, disseram estar preocupados com a pesca predatória clandestina.

Com o baixo nível do rio, a pesca com redes e arpões atraiu pescadores sem autorização para essa atividade.

"Pescador amador só pode pescar dez quilos por dia e não pode usar rede ou arpão. Sem fiscalização, eles têm levado o quanto querem", disse Edilson de Souza Pereira, 40, presidente da Associação de Pescadores Profissionais de Colômbia.

Como o nível do rio Grande está baixo –em alguns pontos chega a 30 centímetros de profundidade–, os peixes ficam mais suscetíveis à pesca, sem ter como 'fugir'.

Edson Silva - 20.fev.2014/Folhapress
O pescador profissional Luiz Alberto da Silva, 55, mostra o nível baixo do rio Grande em Colômbia (SP)
O pescador profissional Luiz Alberto da Silva, 55, mostra o nível baixo do rio Grande em Colômbia (SP)

Os 120 pescadores profissionais de Colômbia estão preocupados com a escassez de peixes. De até 45 quilos por dia pescados nessa época do ano, os pescadores profissionais têm conseguido pescar entre 30 e 35 quilos devido ao aumento da concorrência.

"A desova foi prejudicada pela falta de chuvas e esses pescadores ainda estão exterminando a população de peixes. No próximo ano vamos ter muita dificuldade por conta disso", disse Pereira.

A Folha entrou em contato com a Polícia Ambienta de Colômbia, responsável pela fiscalização, mas não obteve retorno.


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