Folha de S. Paulo


Obra da artista plástica Odilla Mestriner terá museu virtual

A memória da artista plástica de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) Odilla Mestriner (1928-2009) poderá ser acessada virtualmente com o lançamento do museu digital que leva o seu nome.

Previsto para maio, o museu é idealizado pelo Instituto Odilla Mestriner e o curso de ciências da informação e da documentação e biblioteconomia da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão.

De acordo com o professor José Eduardo Santarem Segundo, responsável pelo projeto, a plataforma eletrônica reuniu grande parte dos trabalhos da artista.

"Ele foi criado com o objetivo principal de disseminar ao mundo tudo o que foi produzido pela artista, quebrando barreiras como espaço físico, distância ou tempo", afirmou o professor.

Edson Silva/Folhapress
O professor José Eduardo Santarem Segundo, ao lado de obra de Odilla Mestriner, em Ribeirão Preto
O professor José Eduardo Santarem Segundo, ao lado de obra de Odilla Mestriner, em Ribeirão Preto

O museu começou a ser desenvolvido em 2012. Antes de morrer, em 2009, a própria artista guardou em seu acervo particular obras consideradas importantes e que marcaram seu trabalho, como as que fizeram parte de bienais e salões de arte e exposições.

No total, Odilla deixou 300 obras e sua casa se transformou no instituto.

De acordo com Santarem Segundo, além das obras, o internauta também terá acesso a esboços da artista, além de um material bibliográfico e científico, catálogos de exposição e clippings de jornais com reportagens em que ela foi citada.

"Será possível aprofundar pesquisas por características técnicas da pintura, séries desenvolvidas ou até por período de criação da obra", afirmou o professor.

MÉTODO

A partir do museu digital de Odilla, será possível trocar informações com outros museus digitais implantados ao redor do mundo, o que permitirá maior acesso.

Isso porque a catalogação digital das obras é feita por meio da customização de um padrão internacional chamado "Dublin Core".

O método permite que colecionadores, que estejam em qualquer parte do mundo, cataloguem as obras da artista no museu.

"[O museu] Abrirá portas para que novas pesquisas e estudos sejam realizados de forma mais sistemática sobre as características individuais que as obras representam", afirmou o professor.


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