Folha de S. Paulo


Executivos da Smar acusados de sonegação aguardam Justiça para se entregar

Acusados de pertencer a um esquema bilionário de sonegação fiscal, os sócios e diretores da Smar Equipamentos Industriais, empresa de Sertãozinho (333 km de São Paulo), vão esperar o julgamento dos pedidos de habeas corpus para se apresentarem à Justiça.

A informação é da advogada Maria Cláudia de Seixas, que representa sete executivos da empresa. Seis deles estão foragidos após a Justiça Federal de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) decretar suas prisões preventivas.

Apenas o ex-presidente e sócio da Smar, Edmundo Rocha Gorini, foi preso, nesta terça-feira (18). Ele é apontado como líder do esquema de sonegação fiscal.

Seixas afirmou que há pedidos de habeas corpus sendo julgados na Justiça Federal de Ribeirão Preto, no Tribunal Regional Federal da 3ª Região e no STF (Supremo Tribunal Federal).

O grupo foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público Federal sob a acusação de praticar crimes de natureza tributária e financeira, como sonegação fiscal, descaminho, evasão de divisas e fraudes em exportações.

A Polícia Federal pediu a inclusão dos nomes dos suspeitos na lista de procurados da Interpol, organização que reúne polícias de 190 países.

Os nomes dos acusados não foram divulgados.

Seixas afirmou que não poderia comentar a denúncia, pois o processo está sob segredo de Justiça.

Nesta quarta-feira (19), a Smar divulgou uma nota na qual afirma que Gorini não é mais membro do Conselho Deliberativo da empresa.

Segundo Seixas, ele permanece como sócio da Smar, mas está há dois anos afastado das funções de direção. O motivo do afastamento não foi revelado.

Em seu site na internet, a Smar se descreve como líder em automação industrial e a empresa do Brasil que mais detém patentes nos EUA, com subsidiárias em 13 países.

Com 700 funcionários, de acordo com a Procuradoria, ela fabrica equipamentos de automação de alta tecnologia, vendidos no Brasil e exportados a 77 países.


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