Folha de S. Paulo


Justiça nega, pela terceira vez, habeas corpus a padrasto de Joaquim

O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) negou, pela terceira vez, nesta quarta-feira (15) o pedido de habeas corpus a Guilherme Raymo Longo, 28, padrasto do menino Joaquim Ponte Marques, 3.

Longo é réu na ação criminal proposta pelo Ministério Público por suspeita de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A mãe da criança, Natália Mingoni Ponte, 29, vai responder por omissão e está em liberdade graças a um habeas corpus.

O desembargador Péricles Piza, autor da decisão, alega que Longo pode ser um "inconveniente" para as investigações criminais. Ele também cita, na decisão, que o padrasto foi retratado como "violento, ciumento, frio e possessivo".

O advogado de Longo, Antônio Carlos de Oliveira, disse que vai entrar com um agravo regimental para reverter a decisão e pedir que o caso seja revisto por outro desembargador.

Natália deixou na noite de sexta-feira (10) a penitenciária de Tremembé (147 km de São Paulo), por determinação de habeas corpus. A decisão também foi assinada pelo desembargador Péricles Piza.

Joaquim foi encontrado morto em novembro do ano passado no rio Pardo, em Barretos (423 km de São Paulo). Para a polícia, o padrasto aplicou uma superdose de insulina no garoto, que morreu. O corpo teria sido jogado no córrego Tanquinho, em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).

Natália e Longo alegam inocência. As defesas de ambos afirmam que não há provas contra eles.


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