Folha de S. Paulo


Servidores suspendem atendimento em unidade de saúde em Ribeirão Preto (SP)

O atendimento está suspenso desde o início da manhã desta segunda-feira (13) na unidade básica de saúde Waldemar Barnsley Pessoa, no bairro Parque Ribeirão, na zona oeste de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).

A paralisação é dos funcionários do local, que alegam falta de segurança para trabalhar na unidade. Na sexta-feira (10), uma dentista foi assaltada dentro do estacionamento do local. De acordo com os funcionários, esse foi o terceiro caso de violência em cerca de um ano.

Cerca de 40 funcionários da unidade de saúde aderiram ao movimento. Os servidores afirmaram que a unidade não possui segurança e exigem que a prefeitura disponibilize um guarda municipal ou vigilante durante todo o período de atendimento médico, das 7h às 22h.

Os funcionários da unidade afirmaram que as atividades estão suspensas até que a prefeitura se comprometa a colocar um vigilante no local. Eles estimam que 200 consultas médicas e atendimentos tenham sido suspensos só na manhã desta segunda-feira.

"Nós trabalhamos com medo. É a terceira vez que um funcionário é assaltado e dessa vez ocorreu às 16h da tarde, não temos segurança nenhuma aqui", disse a auxiliar de enfermagem Silvana Marques, 33.

No ano passado, um dentista foi vítima de um sequestro relâmpago quando saía da unidade. Em outra ocasião, um guarda municipal que trabalhava no local foi rendido por dois adolescentes e teve uma arma roubada.

A prefeitura informou que a unidade conta um sistema de alarme e ronda periódica da Guarda Municipal e que está discutindo com a Polícia Militar formas para aumentar o patrulhamento nas proximidades. A Secretaria de Saúde afirmou que está instalando câmeras no local.

"Alarme e câmera não ajudam depois que o assalto já aconteceu. Só vemos guarda ou policial aqui quando trazem presidiários, queremos alguém aqui durante todo o horário de funcionamento", disse Silvana.


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