Folha de S. Paulo


Venda de áreas públicas em Ribeirão Preto (SP) termina sem interessados

Terminou sem interessados a licitação feita pela Prefeitura de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) para a venda de sete terrenos públicos municipais, avaliados em R$ 24 milhões. O resultado da licitação foi publicado no "Diário Oficial" desta terça-feira (7).

A prefeitura pretendia usar o valor arrecadado com a venda das áreas para alimentar o FGP (Fundo de Gestão Patrimonial), criado em novembro.

O fundo pode ser usado para investimentos, obras públicas, pagamento da dívida municipal, despesas previdenciárias, compra de equipamentos e gastos com desapropriações.

Em crise financeira, a prefeitura tem enfrentado dificuldades para realizar serviços rotineiros, como o recapeamento de buracos nas vias e a manutenção de parques públicos.

As sete áreas ficam na zona sul de Ribeirão e no distrito de Bonfim Paulista, região valorizada pelo mercado imobiliário.

A prefeitura informou que deverá relançar a licitação e que, apesar de interessados não terem se apresentado durante a concorrência pública, houve uma "procura informal significativa", segundo nota enviada pela CCS (Coordenadoria de Comunicação Social).

Na nota, a prefeitura também informa que considera "normal" não haver interessados na compra por causa "do alto valor e da época do ano, que dificulta a realização de negócios e até mesmo a liberação de financiamentos para aquisições deste porte", diz o texto da CCS.

Um total de 780 terrenos municipais estão em avaliação pela prefeitura, que poderá decidir sobre a venda ou não das áreas.

Para o serviço, foi contratada a Fundace (Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia), ligada à USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto.

A fundação vai definir o valor de mercado das áreas, identificar o uso atual e sugerir possíveis destinações aos terrenos.

O secretário da Casa Civil, Layr Luchesi Júnior, afirmou que não serão vendidas áreas em regiões onde há demanda pela construção de equipamentos públicos, como creches, escolas e postos de saúde.


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