Folha de S. Paulo


Por prazo, polícia deve entregar inquérito do caso Joaquim nesta 6ª-feira

A Polícia Civil de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) deve entregar à Justiça nesta sexta-feira (27) o inquérito sobre a morte do menino Joaquim Pontes Marques, 3.

A entrega antes do prazo, que vence no próximo dia 7, ocorre para que a promotoria tenha mais tempo para trabalhar o caso e fazer a denúncia dos envolvidos. No próximo dia 6, vence a prisão temporária do padrasto do menino, Guilherme Raymo Longo, 28, principal suspeito da morte, segundo a polícia.

O delegado Paulo Henrique Martins de Castro deve pedir a prisão preventiva dele quando entregar o inquérito.

De acordo com o promotor Marcus Tulio Alves Nicolino, após a entrega do inquérito, a promotoria tem cinco dias úteis para analisar o relatório e fazer a denúncia. Com a entrega nesta sexta-feira, o promotor ganha dois dias do final de semana.

"Não há nenhuma diligência que possa mudar o panorama do caso, então não teria motivo para que fosse entregue em cima do prazo", disse Nicolino.

Longo foi indiciado no último dia 19 por homicídio doloso triplamente qualificado. A mãe de Joaquim, Natália Mingoni Ponte, 29, não será indiciada pela polícia, que acredita na sua inocência.

No entanto, o promotor afirmou que irá oferecer denúncia contra ela e pedir a sua prisão preventiva. A alegação do Ministério Público é de que a mãe da criança teria sido omissa.

"Ela jamais deveria ter deixado que a criança convivesse com um sujeito dessa periculosidade. A denúncia será de omissão da mãe", disse o promotor.

O inquérito será entregue mesmo sem o resultado de cinco laudos solicitados pela investigação.

Entre os laudos estão o teste de DNA, comprovando que o corpo encontrado no rio Pardo é de Joaquim, exames toxicológicos do padrasto, o perfil psicológico de Guilherme e Natália, análise da caneta aplicadora de insulina e o laudo do trajeto realizado pelo cão farejador.


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