Folha de S. Paulo


Protesto contra projeto para sessão na Câmara de Ribeirão Preto (SP)

O plenário da Câmara de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) foi invadido nesta terça-feira (17) à noite por cerca de 60 manifestantes. Eles foram à sessão protestar contra a votação de um projeto de lei que autoriza a prorrogação dos contratos de professores temporários para até o final de 2014.

O projeto foi encaminhado pela prefeita Dárcy Vera (PSD) na última quinta-feira (12), sob a justificativa de que não há dinheiro para contratar docentes efetivos e que, sem os substitutos, o ano letivo de 2014 será prejudicado.

Com a manifestação, os vereadores interromperam a sessão e, após ficarem reunidos em uma sala, decidiram ir embora do plenário --apenas dois ficaram.

A Aproferp (Associação dos Profissionais de Ensino de Ribeirão Preto) diz que o projeto fere uma lei municipal e prejudica a classe. A categoria ganhou o apoio de grupos sociais como o Panelaço, Se Vira Ribeirão e Movimento Passe Livre.

Munido de bandeiras e cartazes, o grupo ocupou o local onde os parlamentares ficam durante as sessões no momento em que ocorria a votação do projeto, que não foi concluída. A maioria dos votos indicava que a proposta de Dárcy seria aprovada.

Até esta terça-feira à noite, os manifestantes permaneciam no local. O objetivo era evitar que a sessão fosse retomada.

Silva Junior/Folhapress
Para protestar contra aprovação de projeto, manifestantes ocuparam na noite desta terça (17) o plenário da Câmara de Ribeirão
Para protestar contra aprovação de projeto, manifestantes ocuparam na noite desta terça (17) o plenário da Câmara de Ribeirão

Guardas e policiais militares acompanhavam toda a movimentação. Não houve registros de incidentes. Segundo a Guarda Municipal, outras 300 pessoas estavam no plenário da Câmara, além dos 60 manifestantes.

Outro projeto polêmico de Dárcy foi retirado da pauta antes de a sessão começar.

A intenção da prefeita é criar uma taxa para custear os serviços do Corpo de Bombeiros na cidade. A administração alegou que os parlamentares pediram mais tempo para discutir o tema.


Endereço da página: