Folha de S. Paulo


Pais do padrasto de Joaquim dão depoimento à polícia em Ribeirão Preto (SP)

Os pais de Guilherme Raymo Longo, 28, padrasto do menino Joaquim Ponte Marques, 3, prestaram depoimento à Polícia Civil na manhã desta terça-feira (17) em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).

Longo é considerado pela polícia o principal suspeito pela morte da criança, cujo corpo foi encontrado no rio Pardo, em Barretos (423 km de São Paulo), no dia 10 de novembro.

Dimas Longo e Aparecida Raymo Longo estiveram na delegacia por quase duas horas e conversaram com o delegado Paulo Henrique Martins de Castro, que não divulgou o conteúdo do depoimento.

Incomodada com a presença da imprensa, a mãe do padrasto iniciou uma discussão com jornalistas, mas foi contida pelo marido.

O casal saiu pelas portas do fundo da delegacia e entrou em uma loja de calçados. De lá, Dimas e Aparecida avistaram um carro da Polícia Civil e pediram para que fossem levados embora.

AMPOLA

Uma das ampolas de insulina de Joaquim que estava desaparecida foi encontrada pela polícia durante uma busca na casa em que o menino morava com o padrasto e a mãe, a psicóloga Natália Mingoni Ponte, 29.

O sumiço da ampola, anunciada pela Promotoria no início do mês, fortalecia a tese de que o menino teria sido morto por superdosagem do medicamento.

Na ocasião, o promotor Marcus Tulio Alves Nicolino informou que Longo havia comprado uma caixa com cinco refis de insulina para Joaquim, que era diabético.

Três ampolas haviam sido apreendidas pela polícia e outra estava usada. A quinta estava perdida.

Na reta final das investigações, a polícia tenta fortalecer as provas e indiciar Longo. O objetivo do delegado é indiciá-lo por homicídio triplamente qualificado.

Na segunda-feira (16), policiais militares fizeram a reconstituição dos passos do cão farejador, que no mês passado apontou que Longo e Joaquim fizeram o mesmo percurso entre a casa da família e o córrego Tanquinho.

Para a polícia e a Promotoria, Joaquim foi morto dentro de sua casa e, em seguida, o corpo foi jogado no córrego.

Embora a participação da mãe do menino no crime esteja descartada, o promotor defende que ela seja indiciada por omissão.


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