Folha de S. Paulo


Sapateiros de Franca (SP) reivindicam 15% de reajuste nos salários

O Sindicato dos Sapateiros de Franca (400 km de São Paulo) reivindica reajuste salarial de 15% para a categoria em 2014 --10% sobre as perdas salariais acumuladas nos últimos cinco anos e 5% de aumento real, de acordo com o presidente do sindicato, Fábio Cândido da Silva.

"A nossa categoria, dos sapateiros, move a economia da cidade e nós temos o piso salarial mais baixo do município, de R$ 821", disse Silva.

Os trabalhadores também reivindicam aumento no PLR (Participação nos Lucros e Resultados) do equivalente a 150 horas de trabalho. Hoje eles recebem proporcionalmente a 98 horas.

A categoria também requer a extensão da licença-maternidade de quatro para seis meses, cesta básica, abono escolar em dinheiro, seguro de vida aos trabalhadores e pagamento em dobro das horas extras.

O Sindifranca (Sindicato das Indústrias de Calçados de Franca) informou, por meio de nota, que recebeu nesta segunda-feira (2) a pauta de reivindicações dos trabalhadores e que irá apresentá-la aos empresários.

Uma análise técnica, com pesquisa a outros setores, será feita para que o sindicato patronal possa negociar com os trabalhadores na segunda quinzena de janeiro.

Edson Silva - 21.mar.2013/Folhapress
Trabalhadores em indústria calçadista de Franca (SP); pedido de reajuste de 15% e aumento no PLR em função dos resultados em 2013
Trabalhadores em indústria calçadista de Franca (SP); pedido de reajuste de 15% e aumento no PLR em função dos resultados em 2013

"Estamos confiantes de que o aumento virá. O ano foi bom para as empresas do setor. Caso não haja um acordo favorável podemos realizar greves e paralisações", disse Cândido da Silva.

GREVE

Em março deste ano, os sapateiros realizaram cinco dias de greve para reivindicar 10% de reajuste salarial. A categoria voltou às atividades, após proposta de 9%.

"Apesar de não termos conseguido o reajuste que queríamos, podemos mostrar que nossa categoria é forte e unida. Paramos 12 fábricas, mais de 6.000 trabalhadores cruzaram os braços", disse o presidente.

De acordo com o sindicato, o município conta com 29.700 sapateiros formais.


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