Os gastos com o pagamento de funcionários de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) triplicaram entre 2005 (primeiro ano do governo de Welson Gasparini, do PSDB) e 2012, já na administração da prefeita Dárcy Vera (PSD).
No mesmo período, as receitas do município dobraram.
Para o professor de economia da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade) da USP Ribeirão Preto Sérgio Sakurai, o ritmo acelerado dos gastos com pessoal indica prejuízo à capacidade da prefeitura de fazer investimentos com recursos próprios.
Enquanto o custo do funcionalismo aumentou 281% no período analisado, e as receitas tiveram incremento de 147%, o nível de investimento com verba própria da prefeitura subiu menos, 109%.
"O aumento de gasto com pessoal compromete o orçamento a longo prazo", afirma Sakurai.
"Um volume maior de gastos com a folha de pagamento faz sobrar menos recursos para as áreas infraestruturais e sociais que necessitam de investimentos crescentes", afirma Fred Guimarães, economista da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto.
A prefeitura afirmou, em nota, que a elevação dos gastos com pessoal é resultado de investimentos na saúde e educação, que exigiram a contratação de funcionários.
A prefeitura cita a inauguração de três unidades de saúde, a reforma de outras 12, e a construção de 22 escolas.