Folha de S. Paulo


PAC e iniciativa privada garantem Orçamento 17% maior em Ribeirão

O Orçamento da Prefeitura de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) deve crescer 17,1% no ano que vem, impulsionado por repasses do governo federal em obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), vendas de terrenos para indústrias e recursos do setor privado.

Com o dinheiro, o governo Dárcy Vera (PSD) prevê pagar funcionários, fazer obras e pagar dívidas de fornecedores, juros de dívidas e condenações judiciais, além de investir mais de 15% em saúde e 25% em educação, conforme determina a lei.

Só do PAC são esperados R$ 90 milhões. Com a venda dos terrenos públicos, a prefeitura calcula arrecadar R$ 65 milhões. E a Multiplan, dona dos shoppings Ribeirão e Santa Úrsula, deve pagar R$ 11,4 milhões em contrapartidas pelas expansões feitas.

Além disso, o crescimento está baseado na estimativa de arrecadação com impostos como o IPTU e o ICMS. No Orçamento em vigor, proposto em 2012, a prefeitura não havia inserido os valores referentes ao aumento do IPTU ocorrido neste ano.

'EMENDAS VETADAS'

O Orçamento foi apresentado nesta segunda-feira (30) na Câmara para a aprovação dos vereadores. O presidente do Legislativo, vereador Cícero Gomes da Silva (PMDB), afirmou que a expectativa é votar o projeto antes das férias de dezembro.

Edson Silva/Folhapress
Cícero Gomes (à dir.), presidente da Câmara de Ribeirão, recebe proposta de Orçamento para 2014 de secretários municipais
Cícero Gomes (à dir.), presidente da Câmara de Ribeirão, recebe proposta de Orçamento para 2014 de secretários municipais

"Não sei se vai adiantar propor as emendas, pois o Executivo veta tudo o que propomos", disse o aliado Silva, que ironizou as recusas de Dárcy às emendas da Câmara. No projeto, a prefeita pede que o percentual de remanejamento de verbas de 20% seja mantido.

Para a saúde, ela calcula destinar, em 2014, R$ 459,3 milhões --3,9% a mais que o esperado para este ano. Na educação, deve destinar R$ 426,5 milhões --17,7% a mais que o estimado para 2013.

Os gastos com contratações temporárias na educação e na saúde devem cair para a metade no ano que vem, em relação a 2013, segundo a prefeitura --de R$ 43,6 milhões para R$ 23,2 milhões.


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