Folha de S. Paulo


Especialistas reforçam necessidade de consulta médica antes de corrida de rua

O caso do professor da USP de 29 anos que morreu após completar a meia maratona de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) reforça a recomendação de especialistas para a realização de consulta médica antes de qualquer prática esportiva.

Maurício Jorge Pinto de Souza morreu após uma corrida de rua de 21 km na manhã deste domingo (22).

Segundo o professor da escola de educação física da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Enrico Fuini Puggina, é preciso sobretudo realizar uma análise cardíaca profunda antes de provas de corrida.

Especialista em treinamento esportivo e atletismo, Puggina disse não ter conhecimento sobre o estado de saúde de Souza, mas afirmou, em tese, que uma pessoa que consegue correr mais de 20 quilômetros em uma prova está bem condicionada fisicamente.

"Provavelmente, o professor teve uma sobrecarga cardíaca pelo esforço realizado, desencadeando um problema maior ou alguma disfunção do coração preexistente", afirmou o professor.

Souza sofreu uma parada cardiorrespiratória após a corrida na via Norte, em Ribeirão. De acordo com nota divulgada à imprensa pela organização do evento, ele foi atendido pela equipe da UTI móvel do hospital São Francisco e pelo médico da prova, o vereador Jorge Parada (PT), sendo transferido à UBDS (Unidade Básica Distrital de Saúde) Central, onde não resistiu e morreu.

Souza era professor na FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto) desde 2010 e coordenava um programa de pesquisa em agronegócios da unidade no campus de Ribeirão.

FEA-RP/USP
O professor universitário Mauricio Jorge Pinto de Souza, 29, que morreu após concluir prova de meia maratona em Ribeirão Preto
O professor universitário Mauricio Jorge Pinto de Souza, 29, que morreu após concluir prova de meia maratona em Ribeirão Preto

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