A Prefeitura de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) reduziu o desperdício de água da rede de abastecimento, mas isso não foi suficiente para resolver o crônico problema da falta d'água na cidade.
O Daerp (Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto) enviou nesta semana ao Snis (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) dados que apontam que as perdas de água na rede foram de 26,5% em 2012.
Seis anos antes, o índice era de 54,8%. Apesar da redução, a falta de água em bairros da cidade é grande.
O índice também é inferior ao de Franca, segunda maior cidade da região e onde as perdas atingem 16,1%, de acordo com a Sabesp.
A melhora no índice é resultado de um programa de controle iniciado em 2005, segundo o responsável pelo setor, Leonardo Cavalcanti.
O programa investiu principalmente na troca de hidrômetros e na reposição da tubulação em locais com vazamentos.
| Edson Silva/Folhapress | ||
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| Vazamento de água em rua do bairro Jardim Paiva 1, na periferia de Ribeirão Preto; problema é crônico no município |
Com a redução, Ribeirão atinge o nível médio das 363 cidades atendidas pela Sabesp, de 26%. A média no Estado é de 35,2%, segundo dados do Snis 2011, do Ministério das Cidades.
Porém, o que se perde em vazamentos daria para abastecer 10,27% da cidade.
Além de vazamentos, também entram no cálculo as perdas de faturamento --consumo não registrado, por fraudes ou problemas nos hidrômetros.
"Em minha rua sempre há vazamento e no bairro sempre falta água", disse a promotora de vendas Elaine Mamede, do Jardim Paiva 1.
Para o diretor do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) em Ribeirão, Carlos Alencastre, a construção de reservatórios e a divisão do abastecimento por bairros melhoraria a situação.
Joaquim Ignácio da Costa Neto, diretor técnico do Daerp, disse que "nunca foi investido tanto" e que há projeto de mais 30 reservatórios, além da troca da rede no centro e em três bairros.