O adiamento do julgamento que vai decidir ou não pela manutenção da cassação de Dárcy Vera (PSD) e do seu vice, Marinho Sampaio (PMDB), visa dar mais tempo tanto para defesa quanto para a acusação de reunir argumentos para convencer os desembargadores.
Seis desembargadores, além da juíza relatora Clarissa Campos Bernardo, vão decidir sobre a cassação da prefeita e do vice definida em primeira instância, em março passado. Eles são acusados de abuso de poder político --usaram servidores durante a campanha de 2012.
Como estratégia, o advogado da prefeita, Ricardo Vita Porto, distribuiu aos desembargadores uma espécie de resumo da ação. No documento, ele ressaltou os pontos mais favoráveis para a absolvição de Dárcy e de Marinho da condenação.
O advogado de Duarte Nogueira, Ricardo Penteado, deve fazer o mesmo, além de montar a sustentação oral. Ele vai explorar o fato de as portarias de férias dos servidores flagrados atuando na campanha eleitoral terem sido publicadas após a ação.
"Isso foi uma fraude gravíssima e demonstra o uso da máquina pública para beneficiamento nas eleições", disse. Já Vita Porto disse que Penteado mente ao acusar o uso irregular das portarias.