A Iesa, de Araraquara (273 km de São Paulo), se associou à multinacional Hyundai para a fabricação de 240 vagões de trem num negócio de R$ 788,1 milhões.
O contrato foi assinado na última semana em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. A Iesa espera gerar até 400 novos empregos diretos na fábrica em Araraquara.
O negócio envolve a Hyundai Rotem, empresa de material ferroviário da Hyundai Motor Group, e vai produzir os vagões para a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
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| Vagão de trem na linha de produção da Iesa, fábrica de Araraquara que fechou contrato de R$ 788,1 milhões na semana passada |
É o segundo contrato da Iesa com o governo do Estado de São Paulo. Em 2011, a empresa se associou à Alstom para a modernização de 22 trens do metrô da capital. Até agora, foram entregues ao menos sete trens.
De acordo com a Iesa, a fabricação dos vagões terá início imediato e a entrega do primeiro trem (composto por oito vagões) está prevista para o início de 2015. O prazo total de entrega é de 36 meses.
"É um importante passo para que a Iesa, em consórcio com a Hyundai Rotem, entre definitivamente no mercado de novos trens. Assim traz tecnologia para o país em uma área que demanda enormes investimentos", disse Ricardo Woitowicz, vice-presidente da empresa.
Para as adequações, ele prevê investimentos de R$ 20 milhões em melhorias de infraestrutura e modernização. Um dia antes da assinatura, o vice-presidente da empresa coreana, Kyu Hwan Han, esteve em Araraquara para conhecer a fábrica.
HITACHI
A Iesa tem ainda planos de criar uma joint-venture com a Hitachi para a fabricação de trens de monotrilho e trens urbanos e interurbanos. Ainda não há data para o anúncio da transação. O valor do também não foi divulgado.
Um dos objetivos da nova empresa é participar de uma PPP (parceria público-privada) no projeto de trem rápido do governo estadual, que ligaria São Paulo, Jundiaí e Campinas e região.
A Hitachi também é uma das interessadas no projeto do trem-bala do governo federal, que ligará Campinas ao Rio de Janeiro, passando por São Paulo e São José dos Campos. Ambos os casos, porém, ainda não tem definição.
O leilão do trem-bala foi adiado mais uma vez nesta segunda-feira (12).