Disputada também pela Prefeitura de São Carlos (232 km de São Paulo), a fábrica de amônia de Uberaba (471 km de Belo Horizonte) teve iniciado o processo de licitação para construção da unidade, segundo informou a Petrobras nesta terça-feira (6).
A empresa não falou sobre a disputa dos Estados de Minas e SP pelo investimento de R$ 1,5 bilhão. Por meio de nota da assessoria, a estatal disse que as propostas das empresas interessadas na implantação da fábrica foram abertas e agora será escolhido o melhor projeto.
A nota informou ainda que a conclusão do processo licitatório transcorre como previsto e a divulgação da proposta vencedora será feita no prazo legal. A abertura das propostas ocorreu no último dia 1º no Rio de Janeiro e, segundo a Petrobras, todas as empresas participantes atenderam aos requisitos exigidos no convite para a concorrência.
Para funcionar, a fábrica precisa de gás natural. A ligação por gasoduto, porém, vive um impasse entre o governo do Estado de Minas e a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível).
Na última sexta-feira (2), a agência descartou a possibilidade de construir um gasoduto de distribuição saindo de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), proposta que era defendida pelo governo de Minas por meio da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais). A AGU (Advocacia-Geral da União) ainda não se posicionou sobre o caso.
Com isso, a única alternativa para a obra seria um gasoduto de transporte, que sairia de São Carlos por meio do gasoduto Brasil-Bolívia.
Nesse caso, os governos paulista e de São Carlos defendem que a fábrica seja instalada na cidade por causa das facilidades logísticas e racionamento de recursos. A ligação de gasoduto está orçada em cerca de R$ 750 milhões.
Caso a fábrica fique em São Carlos, porém, não haveria esse gasto, pois a cidade já possui gasoduto.
A estatal não informou quantas empresas participaram do processo licitatório nem os valores apresentados para executar o projeto da fábrica de amônia para a produção de fertilizantes.