O prefeito de Araraquara (273 km de São Paulo), Marcelo Barbieri (PMDB), disse ter se surpreendido com a notícia dos servidores presos por suspeita de crimes eleitorais e administrativos e que vai ajudar no que for preciso para corrigir possíveis erros na implantação dos projetos envolvidos nos supostos esquemas.
Com relação ao programa de fomento da industrialização do município, Barbieri disse que o município doou áreas de grande importância para a cidade e que todos os projetos passaram pela aprovação na Câmara.
Outro programa citado pelo prefeito e que faz parte das investigações é o de aquisição de alimentos, implantado em sua administração. Segundo ele, 54 entidades recebem por mês cerca de 100 toneladas de alimentos.
"Se constatados equívocos na implantação desse programa, eles serão corrigidos e o programa será mantido."
Sobre a participação do vereador Ronaldo Napeloso (PMDB), seu ex-secretário, e dos seus ex-funcionários comissionados nos supostos esquemas, o prefeito disse ter se surpreendido pela manhã com a notícia, mas afirmou que a prefeitura vai ajudar nas investigações.
Com relação ao ex-coordenador de projetos, Ademir Palhares, e ao ex de Agricultura, Cristiano Rumaqueli, Barbieri disse que nunca houve reclamações contra eles na prefeitura. "O Rumaqueli pediu exoneração. O Palhares saiu por cortes de gastos."
Já o advogado Edson Luiz Silvestrin Filho, que defende Napeloso, disse que o vereador só vai se pronunciar depois de ter conhecimento das acusações. Nesta quarta-feira (7), ele pede habeas corpus do parlamentar.
A Folha não conseguiu contato com os advogados dos demais suspeitos.