Folha de S. Paulo


Professores dizem que foram demitidos após protesto em Dumont (SP)

Ao menos oito professores da rede básica municipal de ensino de Dumont (331 km de São Paulo) afirmaram que foram demitidos após terem participado de uma manifestação por melhoras salariais e plano de carreira.

Ontem, eles relataram que tentaram falar com a prefeitura sobre o caso, mas disseram que foram atendidos.

A Folha tentou falar com a prefeitura nesta sexta-feira (2), mas não conseguiu.

Os professores com concurso temporário informaram que o piso salarial não é cumprido pelo município. Segundo eles, professoras pedagogas deveriam receber no mínimo R$ 1.567,00 e os especializados, R$ 1.770,00.

No entanto, de acordo com eles, o município efetua os pagamentos por hora trabalhada e, professores com a mesma jornada de trabalho ganham salários diferentes e inferiores ao piso.

Reivindicando salários iguais pela mesma carga horária e plano de carreira, cerca de 50 professores (entre concursados temporários e funcionários públicos) foram até a prefeitura na última quarta-feira (31) para conversar com o prefeito Adelino da Silva Carneiro (PSD).

Os professores disseram que não foram atendidos, mas passaram a pauta de reivindicação aos demais funcionários.

Na quinta-feira (1), quando foram trabalhar nas escolas para as aulas, ao menos oito professores disseram que foram impedidos de entrar nas salas.

Segundo eles, a orientação na escola era que eles se dirigissem ao setor de recursos humanos. Lá, os funcionários informaram que eles haviam sido demitidos.

Procurados ontem pela reportagem, nem Carneiro nem os secretários municipais foram encontrados.


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