Folha de S. Paulo


Policiais civis paralisam atividades por duas horas em Ribeirão Preto

Policiais civis de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) paralisaram as atividades rotineiras às 10h desta segunda-feira (29), em ato de "advertência".

Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis da região, Eumauri Lúcio da Mata, o problema maior está na falta de profissionais. "Hoje em dia não se investiga mais nada porque não temos recursos humanos."

Como exemplo, Mata citou o caso do 5º DP (Distrito Policial), que fica na zona norte. Lá, não tem sequer um escrivão nomeado. "Eles [do 5º DP] dependem de profissionais de outras áreas que fazem a substituição."

No protesto desta segunda-feira, a elaboração de boletins de ocorrência ao público e as investigações na cidade foram temporariamente interrompidas, de acordo com Mata. Os trabalhos voltaram ao ritmo normal, ainda segundo o sindicato, por volta das 12h.

O sindicato pede ainda reestruturação das 14 carreiras da polícia, carreira jurídica dos delegados, reposição de funcionários e pagamento de nível universitário para investigadores e escrivães.

Agentes do plantão policial, no centro de Ribeirão, amarraram fitas pretas nos braços e na cabeça em protesto.

"Estamos em luto por melhorias", disse um policial, que pediu anonimato.

Para Mata, a reengenharia das delegacias anunciada pelo governo do Estado foi uma maneira de compensar a falta de pessoal da Polícia Civil.


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