Folha de S. Paulo


Cinco prefeituras da região de Ribeirão Preto aderem ao Mais Médicos

Com carência de profissionais na rede de saúde, as prefeituras de Franca, Araraquara, Barretos, Matão e Batatais estão entre os dez municípios mais populosos da região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) que já aderiram ao programa federal para receber mais médicos. As inscrições para as cidades se encerram nesta quinta-feira (25).

São municípios que apresentam deficit de médicos e não preenchem as vagas de concursos públicos abertos.

Outras prefeituras, porém, como Ribeirão Preto, ainda não definiram se irão pedir mais médicos e veem com cautela a proposta.

Anunciado pelo Ministério da Saúde, o programa Mais Médicos vai priorizar a oferta de profissionais a cidades com maior carência.

A bolsa a ser paga pelo governo federal ao médico (brasileiros e estrangeiros) será de R$ 10 mil. Cabe às prefeituras, como contrapartida, oferecer moradia e alimentação ao profissional.

Segundo o ministério, 21% dos 645 municípios paulistas já se inscreveram no programa. Nesta terça-feira (23), em encontro em São Paulo, representantes do governo federal tiraram dúvidas das prefeituras do Estado sobre o projeto.

Franca formalizou nesta semana a adesão ao programa. A cidade conta com 250 médicos na rede básica municipal, mas ainda assim precisa de mais 77 médicos para atender toda a demanda.

Mais dois novos serviços devem funcionar até o fim do ano em Franca, no Jardim Aeroporto --pronto-socorro e unidade básica de saúde.

Em Batatais, a rede de saúde da prefeitura conta com 40 médicos, mas seriam necessário ao menos mais dez para o atendimento.

Matão, com 94 médicos, precisa de mais 18 profissionais para suprir seu deficit.

INDECISÃO

Entre os que estudam se vão aderir ou não ao projeto, estão Ribeirão, São Carlos, Sertãozinho e Bebedouro.

"Pelos documentos publicados até o momento, Ribeirão não se enquadra entre os municípios prioritários", diz nota da Prefeitura de Ribeirão. A cidade possui 650 médicos na rede municipal.

Secretário da Saúde de Bebedouro, Eurico Medeiros Junior diz que uma das dúvidas ainda no ar é sobre o custo das contrapartidas que os municípios terão de oferecer.

"Achamos interessante, mas precisamos ver quanto esse valor vai impactar para a prefeitura", disse.

Em Jaboticabal, o tema está indefinido. "Acho que, por enquanto, não vamos nos inscrever, porque temos nossas equipes formadas de PSF [Programa de Saúde da Família]", disse Carlos Roberto Navarro, secretário da saúde.


Endereço da página: