Folha de S. Paulo


Ribeirão Preto faz cotação para limpar pichação de prédio público

A Secretaria da Infraestrutura de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) começou nesta sexta-feira (12) a cotar preços para contratar responsável pela limpeza das pichações feitas no acampamento do Movimento Passe Livre em frente ao Palácio Rio Branco, sede da prefeitura.

Durante o acampamento, que durou 12 dias, houve pichação nas paredes externas do prédio e no obelisco e busto do Barão do Rio Branco, na praça em frente à sede da administração municipal.

O prédio está em área preservada e, para intervenções, depende de autorização do Condephaat, órgão estadual de proteção ao patrimônio.

A cotação passou a ser feita após análise do membro do Conppac (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural), o arquiteto Claudio Henrique Bauso, nesta quinta-feira (11).

Os preços vão nortear a contratação, por edital, do profissional que fará a limpeza da área.

Edson Silva/Folhapress
Claudio Baúso, do Conppac (de camisa escura), analisa pichação na praça Rio Branco, em Ribeirão Preto
Claudio Baúso, do Conppac (de camisa escura), analisa pichação na praça Rio Branco, em Ribeirão Preto

Segundo Bauso, a pichação nas paredes do Palácio é facilmente removível e pode ser coberto com tinta látex na cor flamengo, que seria a cor original do imóvel.

Já a limpeza do busto do Barão do Rio Branco e do obelisco demanda tratamento especializado, na opinião do arquiteto. "O profissional precisa conhecer o comportamento dos materiais".

A remoção das tintas do granito que dá suporte à estátua necessita, segundo Bauso, apenas de aguarrás (produto químico) e sabão.

Já o bronze do busto demanda limpeza com removedor de tinta e polimento que devolverá o aspecto característico do metal.

Nem prefeitura nem membros do Conppac souberam estimar o custo da limpeza.

O vice-prefeito, Marinho Sampaio (PMDB), informou que pretende acelerar a busca por verbas federais para obras de restauração do Palácio Rio Branco.


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