Folha de S. Paulo


Polícia pede prisão preventiva de empresário que atropelou manifestante

A Polícia Civil de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) pediu a prisão preventiva do empresário Alexsandro Ishisato de Azevedo, 37, nesta sexta-feira (21) à Justiça.

Ele é apontado como o responsável por atropelar quatro pessoas, entre elas o estudante Marcos Delefrate, 18, que morreu.

O fato ocorreu na noite desta quinta-feira (20) durante o protesto organizado na cidade para redução do preço da passagem do transporte coletivo.

Segundo o delegado Carlos Henrique Araújo da Silva, o empresário deve ser indiciado por homicídio doloso eventual (sem planejar), lesão corporal dolosa (simples e grave) e omissão de socorro.

Somente pelo homicídio, Azevedo pode ser condenado a até 20 anos de prisão. Pelos outros crimes, ele pode ser condenado a cerca de cinco anos.

A omissão de socorro, segundo o delegado, entra como agravante dos crimes.

De acordo com a polícia, o empresário é considerado foragido. Segundo o delegado, familiares do empresário afirmaram à polícia que ele teria fugido em um ônibus.

Silva afirmou que o fato "manchou" a manifestação, que ocorria de forma pacífica.

"Era uma festa democrática e a intolerância de uma pessoa, com uma atitude que não dá nem pra justificar, acabou com tudo. Ele tem que ser preso e responder pelos crimes que cometeu", disse.

A Folha não obteve contato com o empresário ou com sua defesa.


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