Folha de S. Paulo


Em São Carlos (SP), 15 mil saem às ruas da cidade

Em protesto que pedia principalmente uma redução maior na tarifa de ônibus no município, manifestantes foram às ruas de São Carlos (232 km de São Paulo) na noite desta quinta-feira (20).

De acordo com a Polícia Militar, a estimativa é que aproximadamente 15 mil pessoas tenham participado do protesto, que começou na praça do Mercado Municipal por volta das 16h30.

Após a concentração no local, os manifestantes caminharam por ruas do centro, passaram em frente aos prédios da prefeitura e da Câmara e seguiram para a frente do terminal rodoviário.

Quarenta carros de polícia e cem homens da PM acompanharam a passeata de longe, mas não houve momentos de tensão e nenhum incidente foi registrado -os policiais atuaram apenas para interditar as ruas por onde o movimento passou.

São Carlos é uma das cidades que já reduziram a tarifa de ônibus. Em decisão anunciada na manhã desta quinta-feira, a passagem foi de R$ 2,75 para R$ 2,65.

No entanto, integrantes do grupo Movimento Transporte Justo, que organizou o ato de ontem, afirmam reivindicar uma redução maior no valor da tarifa.

Eles também cobram renovação da frota, discussão aberta e pública do novo contrato de concessão do serviço que vence no ano que vem e aumento do total de linhas.

Sobre a redução de R$ 0,10 que foi anunciada, o engenheiro ambiental Dante Peixoto, 26, um dos fundadores do movimento, afirma que o grupo quer mais.

"Pode haver uma redução maior. E reivindicamos também ônibus novos, mais linhas e discutir o novo contrato de concessão", disse. O Movimento Transporte Justo surgiu no final de 2011 contra o aumento na tarifa da época, de R$ 2,45 para R$ 2,65.

Assim como tem ocorrido nas demais localidades do país, além da questão que envolve o transporte público, outros temas foram abordados pelos manifestantes.

Com gritos de guerra, cartazes e caras pintadas de verde e amarelo, os participantes protestam também contra a realização da Copa do Mundo no Brasil e reivindicaram mais investimentos nas áreas de saúde e educação.

Agentes de trânsito acompanharam a passeata. O fechamento de ruas dificultou o tráfego na região central.


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