Após a onda de protestos desencadeada em São Paulo, grupos da região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) organizarão ao menos quatro manifestações até a próxima semana.
Os atos estão previstos para Ribeirão Preto, Barretos, São Carlos e Araraquara.
As manifestações começarão nesta quarta-feira (19) em Barretos e seguem para São Carlos e Ribeirão Preto, no dia seguinte. Na semana que vem, será a vez de Araraquara levar às ruas o protesto.
Os integrantes dos movimentos afirmam querer a redução das tarifas do transporte coletivo, além de melhorias no sistema.
O coletivo Gema Genérica, de Barretos, anunciou na internet que o objetivo da manifestação de amanhã é a melhora da sociedade como um todo. De acordo com o grupo, a Polícia Militar será parceira do movimento e o ato será feito de forma pacífica.
As redes sociais, aliás, são o foco de surgimento das manifestações. Desde a semana passada, comunidades de vários municípios do Estado foram criadas para discutir a redução da tarifa.
"A população está cansada de ser massacrada. Sobe [o preço da] passagem e não melhora a qualidade", afirmou o engenheiro Dante Peixoto, 26, um dos representantes do movimento Transporte Justo, de São Carlos.
Na cidade, uma reunião acontece nesta terça-feira às 17h30 na praça Coronel Salles para definições sobre o ato. A organização pretende reunir entidades e grupos interessados em colaborar com a elaboração de materiais e integrantes dos movimentos.
| Giba Bergamim Jr./Folhapress | ||
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| Estudantes da USP de Ribeirão Preto chegam para a manifestação em São Paulo na tarde de ontem |
Também nesta terça-feira, os integrantes dos movimentos em Ribeirão vão se reunir no coreto da praça 15 no início da noite para definir como agir no dia seguinte. Além de pedir a redução na tarifa de ônibus, o ato será por mais transparência na gestão pública. Cerca de 500 pessoas são esperadas.
Em Araraquara, um ato inicial ocorreu ontem, mas outro já está marcado para o dia 26, em frente ao Mercadão.
Nesta segunda-feira, representantes de movimentos da região de Ribeirão saíram de suas cidades e se uniram ao Movimento Passe Livre, no Largo da Batata, em São Paulo.
Os cerca de 250 manifestantes seguiram em ônibus fretados e de linha e em carros particulares. Estudantes da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão alugaram vans para chegar à capital.