Folha de S. Paulo


Blitz flagra ilegalidades trabalhistas em aterro de Guariba

O MPT (Ministério Público do Trabalho) e o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) flagraram irregularidades trabalhistas no aterro sanitário de Guariba (337 km de São Paulo) na tarde desta quarta-feira (5).

O único espaço que os trabalhadores do aterro têm para ir ao banheiro, esquentar ou guardar as marmitas e tomar água está em condições precárias.

Falta porta no banheiro, água nas torneiras e energia elétrica. Dois tambores são abastecidos pela prefeitura e água suja fica à disposição dos funcionários para que eles possam lavar as mãos.

Além das más condições de trabalho oferecidas aos funcionários, a prefeitura transferiu um funcionário braçal --que fazia a segurança do aterro-- para um terreno localizado a cerca de 200 metros dali.

Ele fica sentado em um caixote velho embaixo de uma guarda-sol improvisado. Apenas um galão de água fica ao seu lado.

A função do funcionário é fiscalizar se as pessoas despejam lixo em um terreno de propriedade de usinas.

Já dentro do aterro, um operador de máquinas foi encontrado sem equipamentos de segurança. Ele disse que não recebe uniforme para o trabalho.

O prefeito da cidade, Francisco Dias Mançano (PSB), disse que desconhecia a situação precária do aterro, porque está no comando há 80 dias, mas falou que vai resolver o problema e oferecer melhores condições de trabalho aos funcionários.

Já sobre o trabalhador que fica sentado no caixote, o secretário de Planejamento e Meio Ambiente, Maucir Alves, disse que a cidade precisa garantir a limpeza da estrada que dá acesso ao aterro.

"As pessoas jogam muito lixo naquela área. Por isso, deslocamos o funcionário temporariamente para lá."


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