Integrantes de um assentamento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) fizeram uma série de reivindicações à administração sobre a situação do grupo na cidade.
Eles tentaram invadir a Prefeitura de Ribeirão na manhã desta terça-feira (4) para forçar a administração a negociar uma pauta sobre o assentamento Mário Lago, localizado na antiga Fazenda da Barra.
A movimentação em frente à prefeitura ocorreu no dia do lançamento da programação oficial do aniversário da cidade, no salão nobre do Palácio Rio Branco.
Para evitar o tumulto, o secretário da Casa Civil, Lair Luchesi Júnior, se reuniu com os assentados e prometeu uma reunião com uma equipe composta por representantes de diversas áreas da prefeitura para analisar os pedidos.
A primeira reunião está prevista para a próxima quinta-feira (6), no próprio assentamento.
Os principais pedidos são a adoção de uma linha de transporte gratuito para os assentados, a construção de uma escola de campo, melhorias na infraestrutura das estradas e pontes e a implantação da coleta de lixo dentro da fazenda --atualmente, há caçambas em alguns pontos.
"Moramos em uma área de 1.500 hectares. Eu, por exemplo, tenho que andar nove quilômetros até pegar uma van para, depois, tomar o ônibus para a cidade", afirmou Guê Oliveira, militante do MST que vive no Mário Lago.