Folha de S. Paulo


Greve afeta 11 campi da Unesp no Estado de São Paulo

A greve deflagrada nesta segunda-feira (3) por servidores e professores da Unesp (Universidade Estadual Paulista) prejudicou as aulas em pelo menos 11 campi no interior e na capital.

Segundo o Sintuerp (Sindicato dos Trabalhadores da Unesp), outras unidades ainda podem aderir à paralisação. Funcionários de Araraquara (273 km de São Paulo) devem paralisar nesta terça-feira (4).

Na região de Ribeirão Preto (313 km da capital), funcionários já cruzaram os braços em Franca e Jaboticabal.

As categorias reivindicam, principalmente, aumento salarial de 11% e equidade de piso e benefícios em relação a colegas de outras instituições paulistas de ensino superior.

O Estado concedeu reajuste de 5,39% no último dia 15, relativo à reposição da inflação medida entre maio de 2012 e abril deste ano, segundo o Cruesp (Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais Paulistas). O aumento vale para Unesp, Unicamp e USP.

Edson Silva/Folhapress
Estudantes na portaria do campus da Unesp de Franca, uma das unidades atingidas pela paralisação
Estudantes na portaria do campus da Unesp de Franca, uma das unidades atingidas pela paralisação

Na semana passada, servidores técnico-administrativos, professores e alunos formalizaram uma pauta conjunta. A greve que começou nesta segunda foi definida em assembleias realizadas na quarta-feira da semana passada.

ADESÃO

A adesão não é igual em todas as unidades que estão em greve. O corpo docente, por exemplo, só paralisou as atividades em Marília e no IA (Instituto de Artes) de São Paulo. Já os servidores pararam em outras nove unidades.

A Unesp tem 34 faculdades distribuídas em 24 campi.

De acordo com a a Adunesp (Associação dos Docentes da Unesp), o movimento grevista deve permanecer até que seja realizada uma reunião com a reitoria.

A universidade promete se reunir com professores, funcionários e estudantes na sexta-feira, em horários diferentes ao longo do dia.

EM FRANCA

Em Franca (400 km de São Paulo), apesar de os professores não aderirem ao movimento, a paralisação impediu que as aulas fossem ministradas, mesmo que parte dos alunos ainda quisesse manter as atividades.

De acordo com o diretor da unidade, Fernando Andrade Fernandes, o fato de os funcionários cruzarem os braços torna inviável a realização das aulas. "Sem eles, não há como preparar as salas."

O diretor diz ainda que, apesar da greve, serviços essenciais do campus não foram comprometidos, como setores ligados à administração responsável por pagamentos e compras e parte do setor acadêmico.

ALUNOS PARADOS

Além da greve de servidores e professores, há paralisação também de alunos de sete campi da Unesp.

Eles pedem melhores condições na universidade e o fim do Pimesp (Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista). A greve começou em Ourinhos em abril e atinge ainda Assis, Marília, Franca, Rio Claro, Rio Preto e São Paulo.


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