Folha de S. Paulo


Greve de ônibus faz mototaxistas cobrarem 300% a mais em Ribeirão

A greve dos motoristas de ônibus deflagrada na manhã desta segunda-feira (3) fez com que mototaxistas passassem a cobrar até 300% a mais pelas corridas em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).

Sem a opção dos ônibus, os usuários do transporte coletivo principalmente no terminal rodoviário da cidade passaram a utilizar o serviço de mototaxistas no local.

Por uma corrida do centro até o bairro Ipiranga, na zona norte, foi cobrado o valor de R$ 40 -- normalmente, o serviço custa até R$ 10.

Já até a avenida Nove de Julho, a corrida não saía por menos de R$ 20. A alegação da categoria é que a elevada demanda provocou o aumento temporário nos preços.

Os motoristas de ônibus de Ribeirão paralisaram os serviços na manhã desta segunda-feira (3), depois de rejeitarem em assembleia às 6h o aumento oferecido na semana passada pelo consórcio Pró-Urbano, que explora o serviço na cidade, de 7,16%.

Até a quarta-feira passada (29), os empregadores não tinham oferecido nenhum reajuste, segundo o Seturp (sindicato da categoria).

De acordo com o presidente do sindicato, João Henrique Bueno, todos os ônibus coletivos da cidade estão paralisados.

A Prefeitura de Ribeirão Preto afirmou que, caso o consórcio não retome os serviços à população, vai aplicar multa do contrato vigente -- não informa qual o valor da penalização.

Diz ainda que, desde a semana passada, negocia reuniões entre trabalhadores e patrões para evitar a paralisação.


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