Folha de S. Paulo


PM é preso acusado de matar jovem com tiro na cabeça em Matão (SP)

Um policial militar foi preso em flagrante acusado de matar um jovem em Matão (305 km de São Paulo), com um tiro à queima-roupa. O PM foi encaminhado nesta quarta-feira (2) ao presídio Romão Gomes, na capital paulista.

De acordo com a polícia, André Luís Bento da Silva, 30, fez o disparo contra o soldador Daniel da Silva França, 25, atingido na cabeça. Ele estava acompanhado da mulher, grávida de dois meses.

Em nota, a PM classificou o tiro como "acidental" e disse que o policial foi autuado em flagrante por homicídio culposo -- quando não há a intenção de matar.

Segundo o delegado Alfredo Gagliano Júnior, o crime aconteceu após o soldador não respeitar um sinal de pare dado pelo PM em uma blitz a veículos.

Gagliano contou que, por isso, Silva seguiu França, que dirigia uma motocicleta, até ele estacioná-la. Antes mesmo de o soldador sair da moto, o policial efetuou o disparo.

Ao site UOL -- empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha --, no entanto, o irmão da vítima, Tomaz da Silva França, 32, deu outra versão.

"Meu irmão parou, a mulher dele desceu [da moto] e, do nada, um dos policiais atirou na cabeça dele. Meu irmão nem sequer falou com o PM e foi morto." De acordo com Thomaz, o policial que fez o disparo trocou de moto com um colega PM e fugiu da cena do crime.

França chegou a ser levado ao pronto-socorro, mas não resistiu ao ferimento e morreu pouco depois. De acordo com o delegado, o soldador não tinha antecedentes criminais, mas sua motocicleta estava com o licenciamento vencido.

Ainda de acordo com o site UOL, a família vai processar o Estado pelo crime, registrado também nesta quarta-feira.

Além da Polícia Civil, que investiga o caso, a PM informou na nota que também apura as "circunstâncias do fato".


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