Folha de S. Paulo


Metrô de SP adia entrega da estação Mackenzie-Higienópolis para 2018

Adriano Vizoni - 21.mar.2017/Folhapress
São Paulo - SP - Brasil - 25/06/2015 : ALUNO REPROVADO : O estudante Henrique Vaiser, 17, com seus pais Adolfo e Simone. Henrique foi reprovado no colégio Oswald e, ao se mudar para o Mackenzie, descobriu que tinha transtorno de deficit de atenção. Mesmo fora do colégio, o Oswald segue pedindo a reprovação do estudante. ( Foto Ernesto Rodrigues/Folhapress.COTIDIANO). cod.0628
Obras na estação Mackenzie-Higienópolis da linha 4-amarela do metrô de SP, em março de 2017

A abertura da estação Mackenzie-Higienópolis, da linha 4-amarela do Metrô de São Paulo, foi novamente adiada.

A entrega, de acordo com a última previsão da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), estava agendada para este mês.

O consórcio TC-Linha 4-Amarela, responsável pelas obras, formado pelas empresas Tiisa e Comsa, adiou a entrega da estação para janeiro de 2018.

Segundo a Companhia do Metropolitano de São Paulo, já foi iniciado um processo para aplicação de multa ao consórcio pelo atraso na entrega da estação. O valor das multas aplicadas podem chegar a R$ 17 milhões.

O plano inicial era que toda a linha, que liga o centro à região oeste da cidade, estivesse pronta já no ano de 2014.

HISTÓRICO DE ATRASOS

Inicialmente planejadas para serem entregues em 2008, as seis estações da primeira etapa da obra só ficaram prontas entre 2010 e 2011.

A segunda fase teve início em 2012 com previsão de encerramento em 2014. Em 2015, as obras ainda se arrastavam e a gestão Alckmin rompeu o contrato com o consórcio Isolux Corsán-Corviam, responsável pela construção na época, alegando atraso na conclusão das obras.

Em 2016, o consórcio TC-Linha 4-Amarela venceu uma licitação e retomou as obras.

O prazo para término das obras, inicialmente fixado em 2018, foi agora esticado para 2019.

No ano passado, o presidente da ViaQuatro, que administra a linha 4-amarela, Harald Zwetkoff, disse em entrevista à Folha que o governo do Estado tem uma dívida com a empresa que já supera R$ 500 milhões em razão de atrasos do poder público para entregar estações.

Quando a linha estiver totalmente finalizada terá uma extensão total de 12,8 quilômetros entre 11 estações.

OUTRAS ESTAÇÕES

Atrasos também marcam outras linhas inacabadas do metrô de São Paulo.

A linha 5-lilás teve apenas três estações inauguradas neste ano. A promessa da gestão Alckmin era de entregar nove estações em 2017.

Uma das principais da cidade, a linha 2-verde, deveria seguir da Vila Prudente até a rodovia Dutra, em obra prometida até 2020. Mas sem recurso federal, o empreendimento está suspenso.

Já a linha 6-laranja (entre Brasilândia e a estação São Joaquim), está com obras suspensas há um ano, já que empreiteiras do consórcio responsável pela construção, envolvidas na Lava Jato, ainda não conseguiram financiamento para o projeto.


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