Folha de S. Paulo


MARIA LEIA PEREIRA MACEDO (1961-2017)

Mortes: Leia dedicou-se à família e aos cajuzinhos

Nascida e criada no Ipiranga, zona sul paulistana, Leia se mudou com a família para Belo Horizonte ainda na adolescência, em 1976. De SP, ficaram o sotaque, a saudade e os amigos do Ipiranga, que levaria por toda a vida.

Na capital mineira, conheceu aquele que seria seu marido. "Diziam que éramos novos demais, que o casamento não duraria nada. Foram 37 anos", conta André Macedo.

A cerimônia aconteceu em 1980 e, no ano seguinte, nasceu Fernando. A cada aniversário, não era só o menino que crescia, mas também a popularidade dos cajuzinhos de Leia –se havia festa, lá estavam os docinhos moldados com rigor que se tornariam sua marca registrada.

Com o nascimento de Felipe, quase 15 anos após o primogênito, a habilidade ganhou fôlego. Receber bem, no entanto, era um talento que extrapolava as datas comemorativas: Leia o exercitava todos os dias. Sua casa se consolidou como ponto de encontro de família e amigos.

O telefone não parava de tocar. O recente WhatsApp vivia pipocando. Ela era a primeira a saber das notícias e a última a dormir se havia preocupação. Estava sempre pronta para ajudar e cuidar.

Em 2014, descobriu que sofria de um câncer de mama já metástico. Encarou quimio, radioterapia e uma cirurgia.

No Natal, sua festa preferida, enchia a casa de enfeites e papais noéis. A última celebração, em 2016, ganhou ainda mais adornos, à espera da primeira neta, Maria Lis.

Morreu aos 56, no dia 20, em BH. Deixa os pais, o marido, dois filhos e uma neta, além de irmãos, noras, primos, sobrinhos, cunhados e amigos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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