Folha de S. Paulo


Forças Armadas e polícias do RJ fazem operação em favelas de São Gonçalo

Polícia Civil do Rio de Janeiro/Divulgação
Forças Armadas e agentes das polícias civil, militar e federal em ação em São Gonçalo
Forças Armadas e agentes das polícias civil, militar e federal em ação em São Gonçalo

As Forças Armadas e as polícias do Rio de Janeiro realizam nesta terça-feira (7) mais uma operação para reprimir o tráfico de drogas no Estado. Dessa vez, as equipes fazem o cerco a favelas de São Gonçalo, a segunda cidade fluminense mais populosa (cerca de 1 milhão de moradores). Até o momento, duas pessoas foram detidas, segundo a Polícia Militar. Não há registro de tiroteios.

Participação da ação mais de 1.800 homens das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), além do efetivo empregado pelas polícias Civil, Militar e Federal, pela Força Nacional de Segurança e pela PRF (Polícia Rodoviária Federal).

As equipes estão concentradas em dois pontos: as comunidades que compõem o Complexo do São Salgueiro, maior conjunto de favelas do município, e o Morro do Anaia. Algumas ruas foram interditadas, de acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública, e também há restrição do espaço aéreo para circulação de aeronaves civis. Não há interferência nas operações dos aeroportos.

Essa é a oitava operação nos mesmos moldes do cerco à Rocinha, favela da zona sul carioca objeto de disputa entre grupos de traficantes rivais. Na ocasião, com grande aparato policial e militar, as forças de segurança entraram na comunidade, em 22 de setembro, para reprimir o crime organizado. A resposta do Estado veio após uma semana de tiroteios diários.

Dois policiais rodoviários federais foram baleados numa troca de tiros com suspeitos na rodovia Niterói-Manilha (BR-101), em São Gonçalo. Equipes da PRF que participam da operação no Complexo do Salgueiro foram alertadas sobre a presença de suspeitos armados perto do pedágio na rodovia.

Segundo a PRF, quando chegaram, as equipes foram recebidas a tiros. Dois policiais foram atingidos no pé, sem gravidade. Eles foram socorridos e levados para o hospital.

RAIO-X DA CRISE NO ESTADO DO RIO

OPERAÇÃO
As tropas das Forças Armadas ficam responsáveis por controlar e patrulhar acessos e fazer bloqueios em pontos estratégicos. Enquanto isso, policiais militares fazem incursões dentro do terreno à procura de drogas e armas, e a Polícia Civil busca cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão. O apoio federal ao RJ faz parte da execução do Plano Nacional de Segurança Pública, iniciado no fim de julho.

Segundo o chefe do Estado-Maior Conjunto das Operações em Apoio ao Plano Nacional, almirante Roberto Rossatto, até o final de outubro, a mobilização das Forças Armadas já havia custado cerca de R$ 25 milhões aos cofres públicos.


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