Folha de S. Paulo


Katia Regina de Azevedo (1964-2017)

Mortes: Inquieta jornalista e investigadora de SP

Forte senso de justiça, opiniões firmes e tamanha propulsão pela investigação que sua vida se mistura entre a função de repórter e a de detetive. Parece o perfil de um personagem fictício, como o Tintim dos quadrinhos, mas era a jornalista Katia Azevedo.

Nascida e criada na zona norte paulistana, Katia sempre carregou consigo a curiosidade detetivesca de desvendar histórias, talvez influenciada pela carreira do pai, investigador da Polícia Civil.

Tinha a ânsia de expor suas descobertas, fosse profissionalmente, em uma reportagem, fosse no âmbito pessoal.

Recentemente, descobriu uma mansão de veraneio abandonada em uma praia. Vasculhou os cômodos e gravou um vídeo para a família, com narração descritiva.

Na profissão, teve passagem por programas como o "Aqui Agora", do SBT, a TV Record, e as rádios Eldorado, Cultura, Record e Bandeirantes, além de contribuições para publicações como "O Estado de S. Paulo" e "Valor Econômico".

Quando deixou as redações para atuar na Polícia Civil com o atendimento à imprensa, Katia, que era investigadora concursada, dava trabalho aos colegas: movida pela inquietude da descoberta, por diversas vezes inquiria os delegados em entrevistas mais até do que os jornalistas presentes. "Pô, Katia, maneira", pedia atônito o colega Mauricio.

Morreu na terça (24), em decorrência de um câncer de estômago descoberto há menos de dois meses. Deixa o pai, Sebastião "Ceará", as irmãs Cássia e Karen, e quatro sobrinhos. No domingo (29), uma missa na igreja Santo Antônio do Lausanne celebra sua memória, às 19h.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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