O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro denunciou nesta quarta-feira (2) 16 pessoas sob acusação de envolvimento com tráfico internacional de armas. A acusação foi resultado de investigação aberta após a apreensão de 60 fuzis, em junho, no Aeroporto Internacional do Galeão.
Segundo a investigação, entre 2014 e 2017, os acusados importaram ao menos 75 vezes armamentos ilegalmente de Miami, nos Estados Unidos, para o Brasil. Nas declarações de importação, constavam aquecedores e bombas d'água, que serviam para esconder armas de fogo, acessórios e munições de uso restrito.
A estimativa é que durante esse período os denunciados contrabandearam cerca de 297 mil munições e 1.043 fuzis com carregadores. As armas eram adquiridas por valores entre US$ 2.500 a US$ 3.500 e vendidas por valoreis que iam de R$ 37,5 mil e R$ 53 mil.
Os 16 denunciados são acusados de organização criminosa, tráfico internacional e comércio ilegal de armas de fogo, munições e acessórios de uso restrito. Segundo o Ministério Público Federal, 14 deles já tiveram a prisão preventiva decretada. Com a denúncia, a 8ª Vara Federal Criminal do Rio vai decidir se eles se tornarão réus do processo.
A apreensão do dia 1º de junho no Galeão foi a maior do Estado em dez anos. As armas AK 47, G3 e AR 10, avaliadas em avaliada em R$ 4,8 milhões, estavam dentro de oito aquecedores de piscina, e iriam para a Baixada Fluminense. Um brasileiro que vive nos Estados Unidos foi identificado como responsável pelo negócio.