Folha de S. Paulo


Jorge José da Silva (1930-2017)

Mortes: Jorginho do Pandeiro, ícone do choro carioca

Reprodução/Facebook
Jorge José da Silva (1930-2017)Facebook/Reprodução
Jorge José da Silva (1930-2017)

Luiz Gonzaga, Clara Nunes, Paulinho da Viola, Elizeth Cardoso, Chico Buarque Nelson Gonçalves, João Nogueira, Beth Carvalho, Ney Matogrosso, Elba Ramalho.

Esses são só alguns dos músicos que puderam contar em seus discos com o pandeiro de Jorge José da Silva, lista Celsinho Silva, filho do pandeirista.

O Jorginho, nome com o qual se consagrou, vem da pouca idade de quando começou a se apresentar em rádios –o primeiro emprego foi na rádio Tamoio, do Rio, ao 14.

Mas aprendeu o instrumento bem antes, aos seis, com o pai (de família de músicos, seu irmão, Dino 7 Cordas, também foi importante violonista carioca).

Começou a tocar na Rádio Nacional aos 18 e participou de uma série de grupos, como a Banda do Canecão (da qual foi um dos fundadores).

A consagração veio no Época de Ouro, grupo que acompanhava Jacob do Bandolim (seu parceiro musical desde o fim dos anos 1940) e que Jorginho comandou até o fim da vida, com shows em todo o país e fora (Alemanha, Portugal e Japão, entre outros).

Estava casado havia 65 anos com Neusa, mãe de seus dois filhos, Celsinho Silva e Jorge Filho, que tocam no Época de Ouro hoje. "Trabalhava o dia todo: de manhã, no rádio, à tarde, no estúdio, e à noite, em shows. E tinha um ouvido chato, era muito crítico. Se a gente errasse uma nota, ele percebia", diz Jorge.

Por complicações de uma infecção urinária, Jorginho morreu no último dia 7, aos 86. Deixa a mulher, dois filhos, quatro netos e bisnetos.

Artistas, como Ney Matogrosso, lhe prestaram homenagens em redes sociais.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

-

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missas


Endereço da página:

Links no texto: