Folha de S. Paulo


Eduardo Luiz de Almeida (1946-2017)

Mortes: Em campo, Ligeirinho corria atrás da notícia

Reprodução/Facebook
Eduardo Luiz de Almeida (1946-2017), o Ligeirinho, no Allianz Parque, em 2016
Eduardo Luiz de Almeida (1946-2017), o Ligeirinho, no Allianz Parque, em 2016

A rapidez com que conseguia voltar à Redação com a matéria pronta e a agilidade para entrevistar jogadores em campo renderam ao repórter Eduardo Luiz de Almeida o apelido que carregou por toda a vida: Ligeirinho.

A alcunha quem deu foi o narrador Fiori Gigliotti, conta o amigo e colega de trabalho Jota Sampaio, que dividiu com Ligeirinho os microfones da rádio Tropical, onde o jornalista trabalhou como comentarista no último ano.

Antes, cobriu partidas de futebol para as principais emissoras de São Paulo, como a Gazeta, Bandeirantes, Transamérica e Record, conta o amigo. Trabalhou ainda em Copas do Mundo na Europa e nos Estados Unidos.

Começou no jornalismo nos anos 1970, como rádio escuta (ouvindo transmissões de polícia e bombeiros a procura de notícias). Passou a paixão ao filho, Marco Luís, que seguiu a mesma carreira: "Ele foi meu espelho. Aprendi a fazer jornalismo escutando meu pai no rádio", diz.

Ligeirinho morreu na segunda (10), aos 70, após sofrer um infarto. Deixa a mulher, seis filhos e netos.

O narrador Galvão Bueno falou, no programa "Bem Amigos" do Sportv, do início da carreira ao lado de Ligeirinho e lembrou que o repórter "corria para cá, corria para lá" para fazer entrevistas. "Meu parceiro das minhas primeiras duas transmissões, como eu posso esquecer isso?"

O Corinthians, clube que o jornalista cobriu nos últimos anos, também homenageou o repórter nas redes sociais. "Corintiano de coração, Ligeirinho dedicou muitos anos cobrindo o clube. Descanse em paz. Força à família neste momento tão difícil."

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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