Folha de S. Paulo


Governo põe Rio em zona de vacinação permanente contra febre amarela

Divulgação
Em Gramado (RS), macaco é atendido após ter sido alvo de pedradas por suspeita de febre amarela
Em Gramado (RS), macaco é atendido após ter sido alvo de pedradas por suspeita de febre amarela

O Estado do Rio de Janeiro passou a ser considerado área com recomendação permanente para vacinação contra a febre amarela. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (3), pelo ministério da Saúde.

Quem mora no Estado, tem entre seis meses de vida e 59 anos, e nunca tomou a dose deve ser vacinado.

O passageiro com viagem marcada para a região também precisa tomar a vacina dez dias antes do deslocamento. Nenhum viajante ficará retido se não se submeter à imunização, porque a medida, de acordo com o governo, é apenas uma recomendação de caráter preventivo.

A classificação foi adotada em razão dos casos de epizootias (adoecimento e morte de macacos) registrados na região, considerada área de alta densidade populacional com aumento de casos de febre amarela. Até agora, pelo menos 4,2 milhões de pessoas foram vacinadas no Rio de Janeiro.

EPIZOOTIAS EM PRIMATAS NÃO HUMANOS NOTIFICADAS AO MINISTÉRIO DA SAÚDE -

Para garantir a cobertura, o Ministério da Saúde enviará ao Estado, ainda em julho, 1,5 milhão de doses da vacina. Além disso, a cada mês, serão repassadas mais 500 mil doses até imunizar toda a população. Neste ano, segundo a pasta, já foram enviadas 6,9 milhões de vacinas para o Rio.

Desde o início deste ano, o Rio registrou 23 casos da doença em humanos, com oito mortes. Os mais recentes têm sido na região metropolitana. No país, são 797 casos de febre amarela confirmados e 275 mortes.

O Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da OMS (Organização Mundial de Saúde).

Além do Rio de Janeiro, a vacinação de rotina para febre amarela é ofertada em outros 19 estados (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Maranhão, Piauí, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina).

Abaixo, entenda o que causa a doença, quais são os seus sintomas e o que fazer para evitá-la.

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Ciclos de transmissão

Ciclos

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Sintomas

Sintomas da febre

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Prevenção

Vacinação
- Crianças: a partir dos 9 meses (6 meses em áreas de risco)
- Adultos não vacinados: uma dose

Para evitar picadas
- Repelente (evitar os que também têm protetor solar)
- Aplicar o protetor antes do repelente
- Não usar repelentes em crianças com menos de 2 meses
- Evitar perfume em áreas de mata
- Roupas compridas e claras (ou com permetrina)
- Mosqueteiros e telas

Controle do mosquito
- Evitar água parada e tomar os mesmos cuidados da dengue, porque há risco de a doença ser contraída pelo Aedes aegypti (o que não acontece no Brasil desde 1942)

Distância de áreas de risco
- Evitar áreas de mata com registros da doença; caso vá viajar a esses locais, tome a vacina ao menos dez dias antes

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Tratamento

- É apenas sintomático, com antitérmicos e analgésicos (anti-inflamatórios e salicilatos como AAS não devem ser usados)
- Hospitalização quando necessário, com reposição de líquidos e perdas sanguíneas
- Uso de tela, por exemplo, para evitar o contato do doente com mosquitos

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