O Ministério Público Estadual denunciou 14 policiais militares da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) acusados de matar dois jovens em agosto de 2015, em Pirituba (zona norte de SP). Segundo a Promotoria, os PMs forjaram uma perseguição e uma troca de tiros para matar as vítimas.
Segundo os PMs, houve a abordagem a um Palio azul na avenida Doutor Felipe Pinel, com troca de tiros. Uma testemunha, porém, contou que um dos rapazes foi abordado por policiais da Rota horas antes da suposta perseguição, em Guarulhos (Grande SP).
O promotor Hidejalma Muccio, responsável pelo caso, afirmou que os denunciados puseram armas perto dos corpos para caracterizar as vítimas como "pessoas perigosas e envolvidas com crimes graves".
A promotoria apontou duas qualificadoras para o crime: motivo torpe e dificuldade de defesa da vítima, que podem aumentar a pena, se condenados.
A defesa dos PMs não se manifestou até a conclusão desta edição. A Corregedoria da PM, sob a gestão de Geraldo Alckmin (PSDB), diz que os PMs estão afastados do serviço operacional e que, se condenados, responderão a procedimento administrativo demissório.