Folha de S. Paulo


14 suspeitos de envolvimento em mega-assalto no Paraguai estão presos

Kiko Sierich/Futura Press/Folhapress
Sede da transportadora Prosegur em Ciudad del Este, no Paraguai, após ação de ladrões
Sede da transportadora Prosegur em Ciudad del Este, no Paraguai, após ação de ladrões

Catorze pessoas com suspeita de envolvimento naquele que já é apontado como o maior assalto da história do Paraguai já estão presas, de acordo com a Polícia Federal.

O mega-assalto aconteceu na madrugada desta segunda-feira (24), quando criminosos invadiram a sede da transportadora de valores Prosegur em Ciudad del Este, próximo à fronteira com o Brasil, e roubaram cerca de US$ 40 milhões, o equivalente a R$ 120 milhões.

A sede da empresa fica a 4 km da Ponte Internacional da Amizade, na fronteira paraguaia com Foz do Iguaçu, no extremo oeste do Paraná.

A operação, que teve participação da PRF (Polícia Rodoviária Federal), polícias militar e civil e da Guarda Municipal do Paraná também apreendeu sete fuzis (um deles.50), munições, dois barcos e sete veículos.

Na perseguição aos bandidos logo após o assalto, um policial paraguaio do Grupo Tático de Operações (GEO) foi morto. À tarde, policiais brasileiros trocaram tiros com suspeitos na região de Itaipulândia (PR). A PM informou que três suspeitos morreram e outros quatro foram presos. Mais de 50 pessoas estariam envolvidas no assalto.

Rotas de fuga

MEGA-ASSALTO

Autoridades paraguaias, a Polícia Federal brasileira e a Polícia Militar do Paraná trabalham em conjunto na busca do grupo de assaltantes. Segundo a imprensa local, informações preliminares apontam para a participação da facção Primeiro Comando da Capital (PCC).

O modus operandi dessa ação lembra recentes casos ocorridos no interior de SP, com quadrilha armada com fuzis e metralhadoras, explosões e barricadas com carros incendiados para conter a perseguição policial.

Segundo o jornal local, o roubo ocorreu por volta da 0h30. Na invasão, mais de 50 assaltantes utilizaram caminhonetes com metralhadoras de combate antiaéreo e granadas.

Moradores vizinhos da sede da Prosegur foram tomados como reféns em meio aos tiros e explosões no edifício da transportadora de valores.

Durante a fuga, os bandidos incendiaram 15 veículos em diversas partes da cidade –cinco foram encontrados pela polícia. Um deles, abandonado na frente da empresa e com chapa brasileira, foi usado para transportar explosivos e outros equipamentos. Os outros 14 foram usados para dificultar o trabalho da polícia, incluindo um caminhão que bloqueava a estrada.

Lorenzo Lezcano, ministro do Interior no Paraguai, disse à Folha que esse foi um assalto "de dimensões que jamais existiram" no país e que os suspeitos são brasileiros. Mais cedo, ele havia afirmado à rádio ABC Cardinal que a maioria dos carros usados no assalto tinha placa do Brasil e que uma vítima afirmou ter ouvido os criminosos falarem em português.

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