Folha de S. Paulo


Ovidio Bosaja Simon (1939-2017)

Mortes: Dentista e professor, fez de tudo pelos filhos

Imagine uma criança que gosta de cuidar de ferimentos alheios e não chora quando vai ao dentista. Ou era um menino muito bom ou tinha vocação para a área da saúde –ou as duas coisas, no caso de Ovidio Bosaja Simon, conta seu irmão, Ivo.

Filho de pai pintor de parede, conseguiu fazer duas faculdades mesmo vindo de família humilde, diz a filha Solange.

Primeiro se formou dentista, atividade que seguiu por toda a vida. Depois, já com consultório, estudou biologia, porque queria ser professor –época em que saía de casa às 5h para trabalhar e voltava à meia-noite, após as aulas.

Chegou a dar aulas em colégios por alguns anos e fundou até um grupo de teatro em uma escola onde lecionou.

Fazia de tudo pela família. Quando a filha mais velha, Simone, casou-se e mudou-se de São Paulo para Curitiba, ele foi junto e lá viveu por 13 anos.

Quando o filho, Jorge Luis, começou a jogar tênis, na infância, Ovidio se envolveu tanto com o esporte que ocupou cargos de diretoria em federações e em um clube, nos anos 1980, e acompanhou delegações de jovens tenistas em viagens no Brasil e exterior.

Ávido por informações, assistia TVs públicas e lia os jornais de cabo a rabo –"até o obituário", costumava dizer.

Sofreu um forte baque quando a mulher, Arlete, e a filha Simone morreram, há dois anos. Mesmo assim, reuniu forças para seguir a vida, até o último dia 10, quando morreu aos 80, vítima de um aneurisma. Deixa dois filhos, quatro netos e dois bisnetos.

A missa de sétimo dia acontece nesta terça (18), às 19h30, na paróquia N. Sra. de Salette, zona norte de SP.

Arquivo Pessoal
OVIDIO BOSAJA SIMON (1939-2017)
Ovidio Bosaja Simon

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