Folha de S. Paulo


Caçambeiros fazem protesto contra regras de retirada de entulho em SP

Reprodução/TV Globo
Caçambeiros protestam contra novas regras de transporte de resíduos em SP
Caçambeiros protestam contra novas regras de transporte de resíduos em SP

Um grupo de caçambeiros fez um protesto em frente à Prefeitura de São Paulo, na madrugada desta segunda-feira (17), interditando o viaduto do Chá, na região central da capital paulista.

De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Trafego), o ato começou por volta das 3h10 e cerca de 100 caminhões ocupam a via nos dois sentidos, apenas uma faixa ficou liberada no sentido da rua Líbero Badaró. Os caçambeiros também ocupam a rua Coronel Xavier de Toledo.

Os manifestantes protestam contra as novas regras impostas pela prefeitura como prazo para retirada do entulho, falta de um local apropriado para o descarte e os valores das multas que serão aplicadas.

Eles querem uma audiência com o prefeito João Doria (PSDB) para encontrar uma solução para o problema.

A prefeitura já havia dito que faria o monitoramento eletrônico das caçambas em toda a cidade.

Em nota, a Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb) afirmou que o objetivo da mudança é "garantir a obtenção de dados sobre a geração de resíduos da construção civil e a sua correta destinação".

Com a nova ferramenta, " a prefeitura pretende reforçar a fiscalização e, consequentemente, reduzir a quantidade de pontos de descarte irregular na cidade".

Após horas de protesto, a prefeitura decidiu adiar por 30 dias a implantação do CTR (Controle de Transporte de Resíduos) eletrônico, que tinha entrado em vigor no sábado (15).

A SPTrans informa que com o protesto 13 linhas de ônibus que passam pelo viaduto do Chá foram afetadas e tiveram o trajeto modificado, principalmente os trólebus. A via é importante ligação com praça do Patriarca à praça Ramos de Azevedo, também no centro da cidade.

A CET afirma que os motoristas devem optar pelos sentidos das ruas Líbero Badaró e Conselheiro Crispiniano.

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Leia abaixo a íntegra da nota da Amlurb:

Ressaltamos que o principal objetivo da implantação do CTR (controle de transporte de resíduos) eletrônico é garantir a obtenção de dados sobre a geração de resíduos da construção civil e a sua correta destinação.

Com essa ferramenta, a Prefeitura pretende reforçar a fiscalização e, consequentemente, reduzir a quantidade de pontos de descarte irregular na cidade. Especificamente em relação à manifestação dos transportadores de resíduos de construção civil ocorrida nesta manhã de segunda-feira, 17 de abril, a AMLURB (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana) esclarece que tem realizado inúmeras reuniões com representantes da categoria e do setor, entre os quais SIERESP, ABTR, ATTESP e APELMAT.

Os encontros tiveram como objetivo explicar o funcionamento e os benefícios da emissão do Controle de Transporte de Resíduos (CTR) Eletrônico, bem como receber as propostas encaminhadas pelo setor, visando atender aos pleitos sempre com a devida observância aos princípios da razoabilidade, conveniência, oportunidade e eficiência, afetos a essa administração.

Hoje, o município de São Paulo possui capacidade instalada para receber até 2,05 milhões de toneladas de resíduos da construção civil (RCC) por mês através dos 11 aterros devidamente cadastrados, sendo três deles contratados pela Prefeitura, e 22 Áreas de Transbordo e Triagem (ATTs) cadastradas e em operação. No entanto, mensalmente, menos de 32 mil toneladas de RCC chegam a esses locais.

Com informações da AGÊNCIA BRASIL


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