Folha de S. Paulo


Maioria é contra Doria abandonar cargo para disputar eleições em 2018

André Bueno - 30.mar.17/CMSP
Prefeito João Doria na Câmara durante entrega do plano de metas de seu governo
Prefeito João Doria na Câmara durante entrega do plano de metas de seu governo

A maioria dos moradores de São Paulo rejeita a possibilidade de o prefeito João Doria (PSDB) deixar a prefeitura para ser candidato nas eleições a governador e presidente em 2018, revela o Datafolha.

Para 55%, ele deve cumprir os quatro anos de mandato.

Com aprovação em alta, Doria passou a ter seu nome lembrado como potencial nome do PSDB para as disputas do próximo ano, mesmo com seu padrinho político, o governador Geraldo Alckmin, e o presidente do partido, o senador Aécio Neves, à frente nessa fila para o Planalto.

No entanto, apenas 13% dos moradores de SP acham que Doria deveria disputar o Palácio dos Bandeirantes e outros 14%, a Presidência. Na parcela dos que consideram a administração ótima ou boa, sobe para 24% os que defendem a candidatura à vaga de Michel Temer (PMDB).

Datafolha Doria

A maior parte dos entrevistados (40%) acredita que o tucano permanecerá em sua cadeira de prefeito até o final do mandato. Outros 30% acham que ele será o candidato à vaga de governador e 21% à Presidência.

A pesquisa mostrou ainda que, caso Doria seja candidato à Presidência, 26% dizem que votariam nele com certeza. Outros 29% cogitam essa possibilidade, contra 42% que não o escolheriam para o cargo de jeito nenhum.

A fatia dos que não votariam nele cai para 35% quando cogitada a hipótese de Doria concorrer ao governo estadual. Sobe para 32% os que o escolheriam com certeza para a vaga no Palácio dos Bandeirantes -31% disseram que talvez o escolhessem.

As especulações sobre a candidatura de Doria crescem ao mesmo tempo em que se aguardam os próximos capítulos da Lava Jato, essa com potencial para atingir e enfraquecer Aécio e Alckmin.

Para identificar o atual potencial de Alckmin, o Datafolha levantou sua popularidade entre os paulistanos. Segundo a pesquisa, 31% aprovam sua gestão, ante 36% que a consideram regular e 31% ruim ou péssima. Um encontro do partido em maio deve lançá-lo à Presidência. Seria uma estratégia para barrar a onda Doria. O prefeito deverá participar do ato.


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