Folha de S. Paulo


William Zattar (1927-2017)

Mortes: Químico, fez história no setor do petróleo

O petróleo foi um rio que passou na vida do químico William Zattar. Nas últimas sete décadas, ele acompanhou de perto o crescimento do Brasil atrelado ao combustível fóssil e fez parte da implantação de refinarias em locais estratégicos do país.

Filho de pais libaneses e mais velho entre cinco irmãos, formou-se em 1950 na Escola Nacional de Química (hoje ligada à UFRJ) e começou a trabalhar como técnico na Esso, onde fez carreira.

Ao longo dos anos, deixou os laboratórios e ocupou funções administrativas, comandando áreas de logística de transporte de combustíveis.

"Isso era importante para o desenvolvimento do país. Meu pai ia inaugurar posto de gasolina em cidades do interior onde não tinha posto, chegava de paletó e gravata e era aquela festa. Era como se estivesse chegando o governador", conta o filho Claudio.

Mesmo fora da Esso desde 1982, não se desligou do setor. É um dos fundadores do Instituto Brasileiro de Petróleo e foi diretor geral do Sindicom, sindicato de empresas do setor de combustíveis.

Aficionado por corridas de cavalo –frequentava o Jockey Club Brasileiro, no Rio, desde a adolescência–, ia todos os anos a Paris para assistir ao Prêmio do Arco do Triunfo, um dos campeonatos mais importantes da categoria.

Apaixonado por música, tinha o samba como seu estilo predileto. Na última segunda-feira (3), o filho Claudio foi visitá-lo no hospital e colocou Paulinho da Viola para tocar. William morreu aos 90, ouvindo "Foi um Rio que Passou em Minha Vida". Deixa os filhos Claudio, Guilherme e Rafael, duas irmãs e cinco netos.

Arquivo Pessoal
William Zattar (1927-2017)
William Zattar (1927-2017)

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