Folha de S. Paulo


Luiz Francisco Ferreira Bárbaro (1945-2017)

Mortes: Picôco, colunista social amante da boemia

Arquivo Pessoal
Luiz Francisco Pereira Bárbaro (1945-2017)
Luiz Francisco Pereira Bárbaro (1945-2017)

Era na noite boêmia que o colunista social Luiz Francisco Pereira Bárbaro, o Picôco, como era conhecido, encarnava seu mantra –"viver a vida"– e se encontrava.

Já era encantado pelo Carnaval desde a infância, quando assistia com os pais aos desfiles na cidade de Jundiaí (SP). Mas seguiu, de início, um caminho um tanto mais sisudo: estudou direito e trabalhou na Justiça do Trabalho.

Paralelamente, no entanto, dedicava-se ao jornalismo, uma de suas paixões, escrevendo colunas sociais.

Começou a carreira na década de 1970, no "Jornal de Jundiaí". Nos anos 2000, foi para o "Bom Dia", onde ficou até 2014, quando passou a escrever para o site JundiAqui.

Lia e escrevia durante as madrugadas. "Ele sentia que era mais produtivo nesse horário. Tanto no trabalho quanto na diversão", conta o amigo Eduardo Cerioni.

Bárbaro nunca se casou nem teve filhos, mas foi muito presente na vida dos sobrinhos. "Ele era praticamente um pai para nós. Nos ensinou muito, determinação, honestidade e a celebrar a vida", afirma José Oswaldo.

Era também piadista e dono de uma memória invejável –nunca se esquecia do nome ou da história de alguém.

Em novembro, tornou seu lema título de livro e publicou a autobiografia "Viva a Vida", pouco antes de ser diagnosticado com câncer de pulmão.

"Na noite de autógrafos do livro dele, ele se recordou dos nomes de 150 pessoas. Só me perguntou o nome de um", lembra-se Cerioni.

Internado desde janeiro, Picôco morreu no último dia 27, aos 71. Deixa dois sobrinhos e um sobrinho-neto.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

-

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missas


Endereço da página:

Links no texto: