Folha de S. Paulo


Polícia identifica suspeitos de chacinas que deixaram 9 mortos em São Paulo

Mário Ângelo/Sigmapress/Folhapress
Na região do Jaçanã, zona norte de São Paulo, seis pessoas foram mortas em um bar
Na região do Jaçanã, zona norte de São Paulo, seis pessoas foram mortas em um bar

A polícia já identificou suspeitos de terem promovido as chacinas que deixaram nove mortos em São Paulo na madrugada de terça (4) para quarta (5), segundo o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

O governador afirmou que conversou na manhã desta quinta (6) com o secretário estadual de Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, e disse que a investigação "está indo bem".

"Estão trabalhando com uma linha importante. Parece que não há relação entre uma chacina e outra", disse. O governador se referia aos assassinatos na zona norte e na zona sul, que aconteceram em um intervalo de uma hora.

Em entrevista à rádio CBN o secretário já havia afirmado também que, por enquanto, não há indícios de participação de policiais nas duas chacinas, já que as diferentes munições encontradas, por exemplo, não são compatíveis com as usadas pelas polícias paulistas.

Apesar de a secretaria confirmar nove óbitos e quatro pessoas feridas, a Polícia Militar apontava até a noite desta quarta-feira (5) dez mortes e três feridos.

Locais das chacinas

Pela secretaria, o primeiro ataque aconteceu por volta das 23h20, em um bar na rua Antonio Sergio de Matos, região do Jaçanã (zona norte). Ao todo, nove pessoas foram baleadas na frente e dentro do estabelecimento, sendo que seis morreram.

A segunda chacina ocorreu em dois endereços do Campo Limpo (zona sul). Segundo a secretaria estadual, a primeira aconteceu por volta da meia noite, na rua Carualina, onde Wizmael Dias Correia, 19, foi atingido por dois tiros no rosto e morreu.

Meia hora depois, três homens foram baleados na rua Professora Nina Stocco, a cerca de 500 m do local do primeiro ataque.

Alckmin participou, nesta quinta (6), da inauguração do Castelinho da rua Apa, na região central de São Paulo, ao lado do prefeito João Doria.

O local será administrado pelo Clube de Mães, ONG que atende crianças, população em situação de rua e dependentes químicos.


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