Folha de S. Paulo


Alemão que vivia em Cumbica havia três meses é detido para deportação

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A Justiça Federal aprovou nesta sexta-feira (24) a deportação do alemão Stephan Brode, 44, que está vivendo há cerca de três meses no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (na Grande SP), após perder uma conexão. Ele deve embarcar para seu país no próximo domingo (26), segundo a Polícia Federal.

Brode foi detido por volta das 20h, após a Justiça expedir mandado de prisão. Caso o governo alemão assuma a responsabilidade pelo estrangeiro, ele será acompanhado por agentes brasileiros apenas até o avião, onde será entregue a agentes alemães, que o acompanharão até seu país.

Brode chegou em novembro ao Brasil, vindo de um voo de Casablanca, no Marrocos. Ele faria uma conexão, seguiria a Nova York e retornaria a Frankfurt. Ele, porém, perdeu a conexão, não conseguiu pagar para remarcar o voo e passou a viver no aeroporto de Cumbica.

Reprodução/Câmeras de segurança - GRU
Momento em que o alemão Stephan Brode agride mulher na entrada de Cumbica, registrado pelas câmeras de vigilância
Momento em que o alemão Stephan Brode agride mulher na entrada de Cumbica

Sem comida, o alemão mexia nos cestos de lixo do aeroporto e espalhava sujeira pelo local. Também apresentava comportamento violento em alguns momentos, sendo flagrado por câmeras do aeroporto agredindo ao menos sete pessoas. Ao "Jornal Hoje", da TV Globo, ele negou qualquer agressão. "Não sou boxeador", disse.

Sem nenhum registro de boletim de ocorrência das vítimas, o alemão não foi detido pelas agressões. Segundo a Polícia Civil, mesmo com os BOs, ele não seria preso por se tratar de um crime de menor potencial ofensivo.

A administração do aeroporto informou nesta semana que não tem poder de polícia para interferir na situação, mas que monitorava a circulação de Brode no local, reportando aos órgãos de segurança competentes.

Na última quinta, o Consulado Geral da República Federal da Alemanha disse, em nota, que está cuidando do caso, mas que não divulgará informações para preservar a privacidade de Brode.

"Oferecemos todo o apoio consular possível. Mantemos um contato estreito e cooperamos com todas as autoridades brasileiras competentes".


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